O livro Bioescritas/Biopoéticas: corpo, memória e arquivos contempla
investigações sobre os gêneros de escrita e atividades artísticas que
conjugam vida, obra, subjetividade e mitologias pessoais junto com
pesquisas na clave das metamorfoses e estudos pós-humanos, buscando a
ultrapassagem de certos preceitos modernos, em favor de áreas temáticas e
conceituais interdependentes e atuantes no cenário da literatura e das
outras artes contemporâneas. As categorias e noções, as escolhas por
este ou aquele objeto obedeceram ao ritmo das pesquisas individuais dos
autores, mas dão a medida do trabalho empenhado dos grupos de pesquisa
Bioescritas e Biopoéticas, comprometidos com a reflexão sobre questões
que abarcam as condições de sobrevivência da subjetividade num cenário
cada vez mais efêmero e mutável, no qual a precarização ideológica e as
demandas por novas vias de participação e representatividade são cada
vez mais urgentes.
Confira a fanpage da Editora Sulina www.facebook.com/editorasulina
quarta-feira, 27 de junho de 2018
domingo, 24 de junho de 2018
Avancemos para além de nós
por Deyvisson Costa
As aulas recomeçam no campus do Araguaia dia 25 de junho depois
de mais de dois meses de greve estudantil pela manutenção do preço das
refeições no Restaurante Universitário. Os alunos em Cuiabá ainda mantém o
movimento paredista, diferentemente das unidades da UFMT em Sinop, Rondonópolis
e Araguaia.
Certamente, não é possível dizer com precisão o que se
passou nesse período, mas algo aconteceu e desconcertou a todos. Um acontecimento
se deu e nos transformou.
No entanto, é preciso destacar que um acontecimento não pode
ser avaliado pela quantidade de dias em que decorreu, pela quantidade de
pessoas que mobilizou, pelas suas causas ou suas consequências. Na verdade,
apenas a experiência – aquilo do qual saímos transformados – define um
acontecimento.
O acontecimento, em stricto sensu, questiona o instante e sujeito na atualidade.
Afinal, quais temporalidades outras emergiram com ocupações, encontros, assembleias,
rodas de conversas, produções audiovisuais, fotografias, discursos eloquentes, marchas,
gritos de ordem, intervenções artísticas, saraus e muito mais? Além disso, quais
outras formas de subjetividade puderam se constituir para quem escolheu
encavalar o próprio desejo no acontecimento? Em outras palavras, em um tempo fora do tempo cronológico,
quem tornou-se outro ao se lançar no abismo imprevisível do devir do
acontecimento? O que deixamos de ser e estamos em via
de nos tornar depois do que se passou?
Sejamos humildes e reconheçamos que nenhum indivíduo ou grupo
de indivíduos pode ser considerado responsável por qualquer acontecimento. Ele
acontece à revelia de toda planificação e agência direta, pois não pode ser capturado pela lógica
da causa e do efeito. Dele, temos acesso apenas aos rastros inscritos em nossos
corpos. Para compreendê-lo é preciso recorrer às novas configurações de nós
mesmos decorrentes do próprio acontecimento.
Mas também sejamos francos, jamais saberemos exatamente o que somos. É preciso abandonar as narrativas míticas do eu que insistem em nos aprisionar em modelos identitários, pois “o homem que diz 'sou' não é, porque quem é mesmo é, 'não sou'”. A centralidade
do eu trata-se de uma ilusão que o acontecimento faz ruir: o eu é um outro, puro devir.
Avancemos para além de nós e para os próximos
acontecimentos. Sejamos dignos de nossos acontecimentos!
terça-feira, 19 de junho de 2018
Grupo de pesquisa Limiar retorna às atividades na próxima semana, dia 26
O grupo de pesquisa Limiar - Estudos de Linguagem e Mídia irá retomar o ciclo Estudos sobre a constituição do sujeito na próxima terça-feira, 26, às 16h na sala 125, com a presença dos pesquisadores bem como de novos interessados na compreensão dos processos de subjetivação na atualidade.
O segundo encontro do ciclo irá abordar as relações de poder na constituição da subjetividade. Compõem a bibliografia sugerida para discussão, os textos de Márcio Fonseca - A preocupação com o sujeito e o poder - e o apêndice - O sujeito e o poder - de autoria de Michel Foucault, publicado originalmente no livro Michel Foucault: uma trajetória filosófica, de Paul Rabinow.
GREVE ESTUDANTIL
Parte das atividades do grupo de pesquisa haviam sido suspensas há cerca de dois meses em apoio ao movimento estudantil que paralisou as aulas em luta pela manutenção do preço das refeições no restaurante universitário da UFMT em R$ 1. Em assembleia, os estudantes do campus do Araguaia decidiram suspender a greve e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão aprovou o reinício das aulas dia 25.
terça-feira, 5 de junho de 2018
Livro traça história da Escola de Frankfurt
O livro Grande Hotel Abismo, do jornalista inglês Stuart Jeffries, tenta encontrar uma unidade nas personalidades díspares de eruditos que viveram duas guerras mundiais, a ascensão dos EUA como superpotência, a revolução estudantil de 1968 e a entropia das próprias ideias ao serem postas na prática – como foi o que aconteceu com Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Fritz Neumann, Friedrich Pollock, Erich Fromm, Henryk Grossmann, Jürgen Habermas e Alex Honneth
Saiba mais em Aliás, do Estado de São Paulo.
sexta-feira, 1 de junho de 2018
Biopoder em tempos de crise política na abertura da Compós
Na abertura do Encontro Anual da Compós em 2018, próximo dia 5, Peter Pál Pelbart (PUC_SP) irá ministrar a conferência O poder toma de assalto a vida: sobre como o biopoder contemporâneo nos transforma em meros sobreviventes.
O autor irá abordar a nova relação entre o poder e a vida e de como o próprio poder tornou-se pós-moderno, ondulante, acentrado, reticular, molecular. Com isso, o poder acaba por incidir diretamente sobre nossas maneiras de perceber, de sentir, de amar, de pensar, até mesmo de criar.
Também estará presente a professora Rousiley Maia (UFMG) com o tema "Politização e Despolitização em uma abordagem sistêmica da democracia: o papel dos media".
Saiba mais em: portal.pucminas.br/compos2018/
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