quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Grupo Limiar debate A Ordem do Discurso


A aula inaugural proferida por Michel Foucault durante sua posse no Collège de France em 1970 e publicada no Brasil sob o título de A Ordem do Discurso será discutida a partir de 4 de setembro nas reuniões de estudo do grupo Limiar.

Todos os interessados podem participar dos encontros públicos e dos debates que acontecem às terças-feiras entre 16h30 e 18h30 na sala 125 na unidade Barra do Garças da UFMT.

Controles discursivos
A Ordem do Discurso pode ser considerado um texto intermediário entre as obras anteriores, centradas na discussão das condições de possibilidade das Ciências Humanas  - O Nascimento da Clínica, A História da Loucura, As Palavras e as Coisas e A Arqueologia do Saber - e as pesquisas seguintes, pautadas na investigação das relações de poder - Vigiar e Punir e A Vontade de Saber. Trata-se de um ponto de passagem entre as fases arqueológica e genealógica do pensamento foucaultiano.

A hipótese de Foucault exposta em sua aula inaugural sugere que em toda sociedade a produção discursiva e controlada com objetivo de retirar dos discursos os poderes e perigos, diminuir a força dos eventos incontroláveis e esconder as reais forças que materializam a constituição social. Os procedimentos externos e internos de controle do discurso, bem como o método de trabalho utilizado por Foucault, compõem o livro A ordem do Discurso.

O livro está disponível neste link, bem como um fichamento e esquema

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Grupo Limiar lança site




O grupo de pesquisa Limiar inaugura site institucional da equipe. A homepage grupolimiar.net  busca melhor organizar as informações sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pelos membros do coletivo.

No endereço eletrônico os visitantes podem acessar os projetos de pesquisa em andamento, bem como as publicações de pesquisadores, professores e estudantes vinculados ao grupo Limiar. Também estão disponíveis os calendários de reuniões de estudos e eventos, ambos públicos e abertos à comunidade.

Para o pesquisador e líder do Limiar, Deyvisson Costa, o novo veículo de comunicação representa um  importante passo na consolidação do grupo dentro e fora da universidade. "Significa que alcançamos enquanto grupo não apenas maturidade acadêmica, mas também uma capacidade estratégica para agirmos institucionalmente na produção e na divulgação do conhecimento", comenta.

Segundo a pesquisadora e também líder Cristina Araújo, o lançamento do site e outras ações previstas para os próximos meses integram um conjunto de meios que reforçam uma perspectiva discursiva que considera saberes, poderes e subjetividades em investigações acerca das interfaces entre linguagens e mídias.


quarta-feira, 27 de junho de 2018

Coletânea aborda bioescritas e biopoéticas

 
O livro Bioescritas/Biopoéticas: corpo, memória e arquivos contempla investigações sobre os gêneros de escrita e atividades artísticas que conjugam vida, obra, subjetividade e mitologias pessoais junto com pesquisas na clave das metamorfoses e estudos pós-humanos, buscando a ultrapassagem de certos preceitos modernos, em favor de áreas temáticas e conceituais interdependentes e atuantes no cenário da literatura e das outras artes contemporâneas. As categorias e noções, as escolhas por este ou aquele objeto obedeceram ao ritmo das pesquisas individuais dos autores, mas dão a medida do trabalho empenhado dos grupos de pesquisa Bioescritas e Biopoéticas, comprometidos com a reflexão sobre questões que abarcam as condições de sobrevivência da subjetividade num cenário cada vez mais efêmero e mutável, no qual a precarização ideológica e as demandas por novas vias de participação e representatividade são cada vez mais urgentes.

Confira a fanpage da Editora Sulina www.facebook.com/editorasulina

domingo, 24 de junho de 2018

Avancemos para além de nós

por Deyvisson Costa


As aulas recomeçam no campus do Araguaia dia 25 de junho depois de mais de dois meses de greve estudantil pela manutenção do preço das refeições no Restaurante Universitário. Os alunos em Cuiabá ainda mantém o movimento paredista, diferentemente das unidades da UFMT em Sinop, Rondonópolis e Araguaia. 

Certamente, não é possível dizer com precisão o que se passou nesse período, mas algo aconteceu e  desconcertou a todos. Um acontecimento se deu e nos transformou.

No entanto, é preciso destacar que um acontecimento não pode ser avaliado pela quantidade de dias em que decorreu, pela quantidade de pessoas que mobilizou, pelas suas causas ou suas consequências. Na verdade, apenas a experiência – aquilo do qual saímos transformados – define um acontecimento.

O acontecimento, em stricto sensu, questiona o instante e sujeito na atualidade. Afinal, quais temporalidades outras emergiram com ocupações, encontros, assembleias, rodas de conversas, produções audiovisuais, fotografias, discursos eloquentes, marchas, gritos de ordem, intervenções artísticas, saraus e muito mais? Além disso, quais outras formas de subjetividade puderam se constituir para quem escolheu encavalar o próprio desejo no acontecimento?  Em outras palavras, em um tempo fora do tempo cronológico, quem tornou-se outro ao se lançar no abismo imprevisível do devir do acontecimento? O que deixamos de ser e estamos em via de nos tornar depois do que se passou?

Sejamos humildes e reconheçamos que nenhum indivíduo ou grupo de indivíduos pode ser considerado responsável por qualquer acontecimento. Ele acontece à revelia de toda planificação e agência direta, pois não pode ser capturado pela lógica da causa e do efeito. Dele, temos acesso apenas aos rastros inscritos em nossos corpos. Para compreendê-lo é preciso recorrer às novas configurações de nós mesmos decorrentes do próprio acontecimento.

Mas também sejamos francos, jamais saberemos exatamente o que somos. É preciso abandonar as narrativas míticas do eu que insistem em nos aprisionar em modelos identitários, pois “o homem que diz 'sou' não é, porque quem é mesmo é, 'não sou'”.  A centralidade do eu trata-se de uma ilusão que o acontecimento faz ruir: o eu é um outro, puro devir.

Avancemos para além de nós e para os próximos acontecimentos. Sejamos dignos de nossos acontecimentos!

terça-feira, 19 de junho de 2018

Grupo de pesquisa Limiar retorna às atividades na próxima semana, dia 26


O grupo de pesquisa Limiar - Estudos de Linguagem e Mídia irá retomar o ciclo Estudos sobre a constituição do sujeito na próxima terça-feira, 26, às 16h na sala 125, com a presença dos pesquisadores bem como de novos interessados na compreensão dos processos de subjetivação na atualidade.

O segundo encontro do ciclo irá abordar as relações de poder na constituição da subjetividade. Compõem a bibliografia sugerida para discussão, os textos de Márcio Fonseca - A preocupação com o sujeito e o poder - e o apêndice - O sujeito e o poder - de autoria de Michel Foucault,  publicado originalmente no livro Michel Foucault: uma trajetória filosófica, de Paul Rabinow.

GREVE ESTUDANTIL
Parte das atividades do grupo de pesquisa haviam sido suspensas há cerca de dois meses em apoio ao movimento estudantil que paralisou as aulas em luta pela manutenção do preço das refeições no restaurante universitário da UFMT em R$ 1. Em assembleia, os estudantes do campus do Araguaia decidiram suspender a greve e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão aprovou o reinício das aulas dia 25. 

terça-feira, 5 de junho de 2018

Livro traça história da Escola de Frankfurt



O livro  Grande Hotel Abismo, do jornalista inglês Stuart Jeffries,  tenta encontrar uma unidade nas personalidades díspares de eruditos que viveram duas guerras mundiais, a ascensão dos EUA como superpotência, a revolução estudantil de 1968 e a entropia das próprias ideias ao serem postas na prática – como foi o que aconteceu com Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Fritz Neumann, Friedrich Pollock, Erich Fromm, Henryk Grossmann, Jürgen Habermas e Alex Honneth

 Saiba mais em Aliás, do Estado de São Paulo.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Biopoder em tempos de crise política na abertura da Compós


Na abertura do Encontro Anual da Compós em 2018, próximo dia 5, Peter Pál Pelbart (PUC_SP) irá ministrar a conferência “O poder toma de assalto a vida: sobre como o biopoder contemporâneo nos transforma em meros sobreviventes.

O autor irá abordar a nova relação entre o poder e a vida e de como o próprio poder tornou-se pós-moderno, ondulante, acentrado, reticular, molecular. Com isso, o poder acaba por incidir diretamente sobre nossas maneiras de perceber, de sentir, de amar, de pensar, até mesmo de criar.

Também estará presente a professora Rousiley Maia (UFMG) com o tema "Politização e Despolitização em uma abordagem sistêmica da democracia: o papel dos media”".

Saiba mais em: portal.pucminas.br/compos2018/

terça-feira, 29 de maio de 2018

Inscrições abertas para seleção de mestrado



O Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebe inscrições no processo seletivo para o Curso de Mestrado Acadêmico com início em março de 2019. As inscrições devem ser realizadas nos dias 30 e 31 de julho, pessoalmente ou pelos Correios.

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segunda-feira, 28 de maio de 2018

Para além dos consumidores de currículos

Por Cristina Batista Araújo, via Blog do Geraldi

A vida cotidiana se inscreve em um espaço que se modifica e intervêm nas ações humanas, e determinadas condições estruturais (físicas e humanas) podem ser responsáveis por possibilitar ou dificultar intercâmbios entre pessoas e saberes. Se por um lado há uma estrutura na qual se entrecruzam intencionalidades para receber seus ocupantes, por outro, há um espaço a ser habitado e modificado pelos seus atores. E o que define a singularidade da ação educativa e das práticas escolares são elementos como sua inscrição no tempo e no espaço, sua concretude pela linguagem e a produção de sentidos às ações. Isso sim implica em troca dialógica entre instituição escolar e história dos sujeitos.

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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Livro Ser Semente será vendido pelo mesmo preço de refeição no Restaurante Univerisitário


Os inscritos no evento Por uma vida não fascista poderão adquirir um exemplar do livro Ser Semente: mulheres a'uwe, corpos politicos e solidariedade ecológica em Marãiwatsédé pelo valor de um 1real, atualmente o mesmo preço pago pelos estudantes por uma refeição no restaurante universitário da UFMT. Nas livrarias, a publicação custa R$ 49.

Os autores do livro - Sckarleth Martins, Suely Henrique Gomes e Deyvisson Costa - optaram por oferecer essa oportunidade aqueles inscritos e presentes durante lançamento da obra em solidariedade à luta estudantil por alimentação. Desde o dia 20 de abril, os estudantes mobilizam-se pela manutenção dos subsídios à permanência no ensino superior.

O livro Ser Semente oferece uma análise crítica necessária para o estágio que nos encontramos enquanto sociedade. Para tanto, dedica-se a descrever a experiência das mulheres do povo A’uwe-Xavante na retomada da Terra Indígena Marãiwatsédé, do estado de Mato Grosso, a partir da participação dessas em coletivos de coletas de sementes.

DISCURSOS MIDIÁTICOS
Os dez primeiros inscritos e presentes no lançamento das obras receberão gratuitamente um exemplar do livro Análise de Discursos Midiáticos: a charge, a revista, o cinema - redes sociais em foco.