terça-feira, 29 de maio de 2018
Inscrições abertas para seleção de mestrado
O Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebe inscrições no processo seletivo para o Curso de Mestrado Acadêmico com início em março de 2019. As inscrições devem ser realizadas nos dias 30 e 31 de julho, pessoalmente ou pelos Correios.
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segunda-feira, 28 de maio de 2018
Para além dos consumidores de currículos
Por Cristina Batista Araújo, via Blog do Geraldi
A vida cotidiana se inscreve em um espaço que se modifica e intervêm nas ações humanas, e determinadas condições estruturais (físicas e humanas) podem ser responsáveis por possibilitar ou dificultar intercâmbios entre pessoas e saberes. Se por um lado há uma estrutura na qual se entrecruzam intencionalidades para receber seus ocupantes, por outro, há um espaço a ser habitado e modificado pelos seus atores. E o que define a singularidade da ação educativa e das práticas escolares são elementos como sua inscrição no tempo e no espaço, sua concretude pela linguagem e a produção de sentidos às ações. Isso sim implica em troca dialógica entre instituição escolar e história dos sujeitos.
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A vida cotidiana se inscreve em um espaço que se modifica e intervêm nas ações humanas, e determinadas condições estruturais (físicas e humanas) podem ser responsáveis por possibilitar ou dificultar intercâmbios entre pessoas e saberes. Se por um lado há uma estrutura na qual se entrecruzam intencionalidades para receber seus ocupantes, por outro, há um espaço a ser habitado e modificado pelos seus atores. E o que define a singularidade da ação educativa e das práticas escolares são elementos como sua inscrição no tempo e no espaço, sua concretude pela linguagem e a produção de sentidos às ações. Isso sim implica em troca dialógica entre instituição escolar e história dos sujeitos.
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sexta-feira, 25 de maio de 2018
Livro Ser Semente será vendido pelo mesmo preço de refeição no Restaurante Univerisitário
Os inscritos no evento Por uma vida não fascista poderão adquirir um exemplar do livro Ser Semente: mulheres a'uwe, corpos politicos e solidariedade ecológica em Marãiwatsédé pelo valor de um 1real, atualmente o mesmo preço pago pelos estudantes por uma refeição no restaurante universitário da UFMT. Nas livrarias, a publicação custa R$ 49.
Os autores do livro - Sckarleth Martins, Suely Henrique Gomes e Deyvisson Costa - optaram por oferecer essa oportunidade aqueles inscritos e presentes durante lançamento da obra em solidariedade à luta estudantil por alimentação. Desde o dia 20 de abril, os estudantes mobilizam-se pela manutenção dos subsídios à permanência no ensino superior.
O livro Ser Semente oferece uma análise crítica necessária para o estágio que nos encontramos enquanto sociedade. Para tanto, dedica-se a descrever a experiência das mulheres do povo A’uwe-Xavante na retomada da Terra Indígena Marãiwatsédé, do estado de Mato Grosso, a partir da participação dessas em coletivos de coletas de sementes.
DISCURSOS MIDIÁTICOS
Os dez primeiros inscritos e presentes no lançamento das obras receberão gratuitamente um exemplar do livro Análise de Discursos Midiáticos: a charge, a revista, o cinema - redes sociais em foco.
quinta-feira, 24 de maio de 2018
Quilombolas é tema de primeira atividade no ciclo de debates
Prevista para acontecer no período da tarde, a mesa-redonda Quilombolas nas Universidades: sujeitos ou 'objetos' de pesquisa será realizada a partir das 14h, em decorrência da agenda das convidadas.
A segunda roda de conversa acontece dia 24 às 19h é dedicada ao debate das lutas pela igualdade de gênero. O coletivo feminista do campus Araguaia da UFMT será responsável pela condução das atividades na ocasião.
A segunda roda de conversa acontece dia 24 às 19h é dedicada ao debate das lutas pela igualdade de gênero. O coletivo feminista do campus Araguaia da UFMT será responsável pela condução das atividades na ocasião.
quarta-feira, 23 de maio de 2018
Programação do ciclo de debates contempla atividades com diferentes formatos
Mesas-redondas, debates, rodas de conversas, espaços para intervenções e lançamento de livros fazem parte da programação do ciclo de debates Por uma vida não fascista, que tem como objetivo privilegiar as experiências de resistência às diversas formas de exercício do poder, mais que as interpretações sobre as insurgências. Estarão em destaque os sujeitos que colocam em risco a própria existência para garantir a sobrevivência das singularidades.
"Quilombolas nas Universidades: Sujeitos ou 'objetos' de pesquisa" é o título da primeira mesa-redonda que acontece às 14h no dia 24, após uma breve abertura pelos organizadores na sala 224. Estarão presentes na mesa as militantes Laísa Da Silva Santos da comunidade Kalunga de Cavalcante-GO e Martina Quintiliano da comunidade Vó Rita do quilombo urbano de Trindade/GO. Ambas são alunas da Universidade Federal de Goiás (UFG) nos cursos de Ecologia e Análise Ambiental e mestrado em Antropologia Social, respectivamente.
A segunda roda de conversa acontece dia 24 às 19h é dedicada ao debate das lutas pela igualdade de gênero. O coletivo feminista do campus Araguaia da UFMT será responsável pela condução das atividades na ocasião.
Já no dia 25, a partir das 14h, os convidados Matheus Alvez e Victor Hugo debatem sobre os movimentos sociais goianos de 2013 à 2018 com ênfase nos embates contra o aumento das passagens, nas ocupações de escolas e universidades e nos experimentos de resistência nos locais de trabalho durante a roda de conversa "Desculpe, estamos 'ocupados': resistência e transformação social nas ruas, escolas e trabalho em Goiás".
A mesa-redonda "Indígenas nas Universidades: Ações Afirmativas e Descolonialidade do Saber" irá abordar a partir das 19h as conquistas e avanços dos movimentos sociais negros e indígenas com a Lei de Cotas (LEI 12.711/2012), que reserva vagas nas Instituições de Ensino Superior públicas brasileiras para segmentos sociais historicamente excluídos. Irão conduzir os debates o indígena do povo Kambeba do Estado do Amazonas e estudante do curso de Direito da Universidade Federal de Goiás, Bruno Kambeba Anaquiri e a jornalista e doutoranda em Antropologia Social na Universidade Federal de Goiás, Sckarleth Martins.
Sckarleth Martins também é autora do livro Ser Semente: mulheres A'uwe, corpos políticos e solidariedade ecológica em Marãiwatsédé em coautoria com Suely Henrique de Aquino e Deyvisson Costa. Resultado da dissertação de mestrado, a obra oferece uma análise crítica do presente dedicando-se a descrever a experiência das mulheres indígenas na retomada da Terra Indígena Marãiwatsédé, a partir da participação dessas mulheres em coletivos de coleta de sementes. O livro será lançado às 20h com a presença dos autores.
A conferência de encerramento - A parresía e o pensamento libertário: exercer em sua vida e por sua vida o escândalo da verdade - será conduzida pela professora titular da Faculdade de Informação e comunicação da UFG, Suely Henrique de Aquino. Parresía é o termo grego que designa "fala franca", afirmação corajosa ou a coragem de dizer a verdade diante de uma situação de risco. A parresía é a consequência de um modo de vida, de uma ascese (exercício) que permitia aos gregos a capacidade de viver conforme seus preceitos. Uma existência corajosa é a condição para a fala reta: desavergonhada, na pobreza, em militância, conforme a natureza, mesmo que sob ameaça de morte.
INSCRIÇÕES
Os interessados em participar e receber certificação pelo Ciclo de Debates Por uma vida não fascista podem realizar inscrições gratuitas até quinta-feira, 24, primeiro dia do evento. Apesar da plataforma Doity, onde o site evento está hospedado, se referir aos possíveis participantes como "compradores", não há cobrança pela participação.
Para registrar o interesse, os participantes devem acessar o site do evento - www.doity.com.br/nao-fascista e informar nome completo e e-mail.
O evento acontece nos dia 24 e 25 de maio na sala 224 do Campus do Araguaia, Unidade Barra do Garças durante os períodos da tarde e noite, iniciando às 14h e 19h, respectivamente.
terça-feira, 22 de maio de 2018
Máquina panóptica: um acontecimento na história do espírito humano
A construção arquitetônica de tipo
panóptica criada por Jeremy Bentham no século XVIII consistia em uma organização
espacial aonde poucos vigiavam muitos e inspirou os modelos utilizados nas
prisões, escolas e fábricas. Tratou-se de uma máquina capaz de se inscrever na
subjetividade dos sujeitos ao ponto de ser descrita por Foucault como uma acontecimento na história do espírito
humano.
O filósofo francês argumenta que
houve uma mudança nos dispositivos de visibilidade na passagem das sociedades
soberanas para sociedades disciplinares (XVIII). Enquanto a visibilidade
monárquica centrava-se autoridade real e na capacidade de se fazer valer a sua
vontade, nas sociedades disciplinares o foco da visibilidade se inverte, quando
quem deve se tornar visível são aqueles que sofriam o constrangimento do poder.
Desde então, o indivíduo comum ganha visibilidade e uma individualidade,
especialmente aqueles nomeados como "anormais", que deveriam ser
vigiados e normatizados.
Foucault denuncia no texto Olho do poder. presente no livro Microfísica
do Poder, justamente esse maquinário cuja função é produzir uma sensação de
vigilância constante ao ponto de o indivíduo produzir por ele mesmo uma
vigilância sobre si, portanto subjetivar-se enquanto um déspota de si. Trata-se
antes de tudo de um mecanismo de normatização das condutas e disciplinamento
dos corpos passível de classificação como proto-fascista.
Já estão abertas as inscrições para ciclo de debates
Os interessados em participar e receber certificação pelo Ciclo de Debates Por uma vida não fascista podem realizar inscrições gratuitas até quinta-feira, 24, primeiro dia do evento. Apesar da plataforma Doity, onde o evento está hospedado, se
referir aos possíveis participantes como "compradores", não há cobrança
pela participação.
Para registrar o interesse, os participantes devem acessar o site do evento e informar nome completo e e-mail.
O evento acontece nos dia 24 e 25 de maio na sala 224 do Campus do Araguaia, Unidade Barra do Garças durante os períodos da tarde e noite. A programação completa já está disponível no site.
Para registrar o interesse, os participantes devem acessar o site do evento e informar nome completo e e-mail.
O evento acontece nos dia 24 e 25 de maio na sala 224 do Campus do Araguaia, Unidade Barra do Garças durante os períodos da tarde e noite. A programação completa já está disponível no site.
segunda-feira, 21 de maio de 2018
História de uma fotografia: imagem e resistência
Foto: Ronaldo Schemidt
O estudante Víctor Salazar de 28 anos corre
desesperadamente em chamas durante os protestos na Venezuela, após a explosão
de um tanque de gasolina. A fotografia, tirada por Ronaldo Schemidt e premiada
como a Melhor Foto do Ano (2017) pelo prestigioso concurso World Press Photo
(WPP), não revela o sofrimento pelo qual o jovem passou ao longo das 42
cirurgias seguintes, mas registra as lutas incessantes contra as diversas
formas de fascismo.
Na ocasião da fotografia, o jovem e muitos outros
protestavam contra a Assembleia Constituinte, convocada por Nicolas Maduro. O
governo venezuelano vem sendo duramente criticado tanto pela postura do
presidente quanto pela situação que o país se encontra de crise financeira,
escassez de alimentos, a falta de remédios, aumento da violência e a dura
repressão pelas forças do Estado.
Esta insurgência, como outras inúmeras que ocorrem pelo
mundo, impõem uma reversão do olhar, quando cada um precisa observar a si mesmo
e suas práticas cotidianas indagando em que medida estaria colaborando com
práticas fascistas, pois mesmo os mais puros e bem intencionados podem em algum
momento se apaixonar pelo poder. Afinal, “como fazer para não se tornar
fascista mesmo (e sobretudo) quando se acredita ser um militante
revolucionário?”, questiona por Foucault no prefácio ao Anti-Édipo.
O poder está presente nos mais finos mecanismos do intercâmbio social: não somente no Estado, nas classes, nos grupos, mas ainda nas modas, nas opiniões correntes, nos espetáculos, nas relações familiares e privadas, e até mesmo nos impulsos liberadores que tentam contesta-lo (...) expulso, extenuado aqui, ele reaparece ali: nunca perece; façam uma revolução para destruí-lo, ele vai imediatamente reviver, re-germinar no novo estado de coisas - Roland Barthes
Por Marcelo Duarte – historiador e acadêmico jornalismo e integrante do Grupo Limiar
Refletir sobre o significado da fotografia do jovem venezuelano em chamas, implica considerá-la como algo maior que apenas a truculência das forças policiais. Advogo que essa fotografia é a representação de um movimento de resistência mais amplo ao poder do Estado. Por mais que o poder tome a vida de assalto, haverá sempre uma força resistência que insiste em escapar. Logo, a fotografia possibilita olhar para algo além da biopolitica. É a potência da vitalidade social que faz frente às condutas de vida imposta pelo Estado e que transborda na imagem. Ou seja, ela representa aquilo que sempre escapará aos poderes estabelecidos: a potência de vida daqueles que não se sujeitam às tramas do poder.
Mais que apenas uma fotografia de um rapaz em chamas premiada em concursos de relevância trata-se do reflexo de uma vida não fascista
domingo, 20 de maio de 2018
quinta-feira, 17 de maio de 2018
Anti-Edipo: um prefácio à liberdade de pensamento e de existência
No prefácio O Anti-Édipo: introdução a uma vida não fascista (1977) Michel Foucault nos oferece um conjunto de princípios relativos a uma “arte de viver contrária a todas as formas de fascismo”, a partir das elaborações de Deleuze e Guattari sobre o desejo em meio às maquinações capitalísticas.
Uma introdução à vida não fascista nos possibilita lastrear o movimento que transformou Foucault em
um filósofo da liberdade, deixando de ser entendido apenas pensador do poder e do sujeito. O
recurso às estéticas de existência da Antiguidade é reconhecer o necessário "intenso
trabalho de transformação subjetiva, cuidadosa elaboração de si, escultura do
próprio eu, inclusive e sobretudo para o exercício digno da política e para a
própria experiência da vida em comum”.
O conhecido prefácio inspirou diversos outros textos,
comentários, eventos e debates. As problematizações apresentadas por Foucault,
mobilizaram o V Colóquio Internacional Michel Foucault, realizado em novembro
de 2008, quando mais de 300 inquietos pesquisadores se encontram “na crítica ao crescimento desenfreado das formas biopolíticas de controle social, da denúncia da violência das formas de exclusão e estigmatização que imperam socialmente ena tentativa de explicar como foi que a antiga autogestão da esfera dosnegócios e da política se transformou na conhecida gerência dos bens privadosdas elites, em especial das que se apropriam do estado e das instituições,implantando absurdos regimes de verdade como naturais, absolutos e universais".
Os principais textos apresentados no V ColóquioInternacional Michel Foucault: “Por uma vida não fascista” está disponível em
livro.
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