No prefácio O Anti-Édipo: introdução a uma vida não fascista (1977) Michel Foucault nos oferece um conjunto de princípios relativos a uma “arte de viver contrária a todas as formas de fascismo”, a partir das elaborações de Deleuze e Guattari sobre o desejo em meio às maquinações capitalísticas.
Uma introdução à vida não fascista nos possibilita lastrear o movimento que transformou Foucault em
um filósofo da liberdade, deixando de ser entendido apenas pensador do poder e do sujeito. O
recurso às estéticas de existência da Antiguidade é reconhecer o necessário "intenso
trabalho de transformação subjetiva, cuidadosa elaboração de si, escultura do
próprio eu, inclusive e sobretudo para o exercício digno da política e para a
própria experiência da vida em comum”.
O conhecido prefácio inspirou diversos outros textos,
comentários, eventos e debates. As problematizações apresentadas por Foucault,
mobilizaram o V Colóquio Internacional Michel Foucault, realizado em novembro
de 2008, quando mais de 300 inquietos pesquisadores se encontram “na crítica ao crescimento desenfreado das formas biopolíticas de controle social, da denúncia da violência das formas de exclusão e estigmatização que imperam socialmente ena tentativa de explicar como foi que a antiga autogestão da esfera dosnegócios e da política se transformou na conhecida gerência dos bens privadosdas elites, em especial das que se apropriam do estado e das instituições,implantando absurdos regimes de verdade como naturais, absolutos e universais".
Os principais textos apresentados no V ColóquioInternacional Michel Foucault: “Por uma vida não fascista” está disponível em
livro.
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