quarta-feira, 23 de maio de 2018

Programação do ciclo de debates contempla atividades com diferentes formatos


Mesas-redondas, debates, rodas de conversas, espaços para intervenções e lançamento de livros fazem parte da programação do ciclo de debates Por uma vida não fascista, que tem como objetivo privilegiar as experiências de resistência às diversas formas de exercício do poder, mais que as interpretações sobre as insurgências. Estarão em destaque os sujeitos que colocam em risco a própria existência para garantir a sobrevivência das singularidades.

"Quilombolas nas Universidades: Sujeitos ou 'objetos' de pesquisa" é o título da primeira mesa-redonda que acontece às 14h no dia 24, após uma breve abertura pelos organizadores na sala 224. Estarão presentes na mesa as militantes Laísa Da Silva Santos da comunidade Kalunga de Cavalcante-GO e Martina Quintiliano da comunidade Vó Rita do quilombo urbano de Trindade/GO. Ambas são alunas da Universidade Federal de Goiás (UFG) nos cursos de Ecologia e Análise Ambiental e mestrado em Antropologia Social, respectivamente.

A segunda roda de conversa acontece dia 24 às 19h é dedicada ao debate das lutas pela igualdade de gênero. O coletivo feminista do campus Araguaia da UFMT será responsável pela condução das atividades na ocasião.

Já no dia 25, a partir das 14h, os convidados Matheus Alvez e Victor Hugo debatem sobre  os movimentos sociais goianos de 2013 à 2018 com ênfase nos embates contra o aumento das passagens, nas ocupações de escolas e universidades e nos experimentos de resistência  nos locais de trabalho durante a roda de conversa "Desculpe, estamos 'ocupados': resistência e transformação social nas ruas, escolas e trabalho em Goiás".

 A mesa-redonda "Indígenas nas Universidades: Ações Afirmativas e Descolonialidade do Saber" irá abordar a partir das 19h as conquistas e avanços dos movimentos sociais negros e indígenas  com a Lei de Cotas (LEI 12.711/2012), que reserva vagas nas Instituições de Ensino Superior públicas brasileiras para segmentos sociais historicamente excluídos. Irão conduzir os debates o indígena do povo Kambeba do Estado do Amazonas e estudante do curso de Direito da Universidade Federal de Goiás, Bruno Kambeba Anaquiri e a jornalista e doutoranda em Antropologia Social na Universidade Federal de Goiás, Sckarleth Martins.

Sckarleth Martins também é autora do livro Ser Semente: mulheres A'uwe, corpos políticos e solidariedade ecológica em Marãiwatsédé em coautoria com Suely Henrique de Aquino e Deyvisson Costa. Resultado da dissertação de mestrado, a obra oferece uma análise crítica do presente dedicando-se a descrever a experiência das mulheres indígenas na retomada da Terra Indígena Marãiwatsédé, a partir da participação dessas mulheres em coletivos de coleta de sementes. O livro será lançado às 20h com a presença dos autores.

A conferência de encerramento - A parresía e o pensamento libertário: exercer em sua vida e por sua vida o escândalo da verdade será conduzida pela professora titular da Faculdade de  Informação e comunicação da UFG, Suely Henrique de Aquino. Parresía é o termo grego que designa "fala franca", afirmação corajosa ou a coragem de dizer a verdade diante de uma situação de risco. A parresía é a consequência de um modo de vida, de uma ascese (exercício) que permitia aos gregos a capacidade de viver conforme seus preceitos. Uma existência corajosa é a condição para a fala reta: desavergonhada, na pobreza, em militância, conforme a natureza, mesmo que sob  ameaça de morte.


INSCRIÇÕES
Os interessados em participar e receber certificação pelo Ciclo de Debates Por uma vida não fascista  podem realizar inscrições gratuitas até quinta-feira, 24, primeiro dia do evento. Apesar da plataforma Doity, onde o site evento está  hospedado, se referir aos possíveis participantes como "compradores", não há cobrança pela participação.

Para registrar o interesse, os participantes devem acessar o site do evento - www.doity.com.br/nao-fascista e informar nome completo e e-mail.

O evento acontece nos dia 24 e 25 de maio na sala 224 do Campus do Araguaia, Unidade Barra do Garças durante os períodos da tarde e noite, iniciando às 14h e 19h, respectivamente.

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